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Eu posso, respeitar meus limites!





Além do manejo da dor, precisamos a aprender a controlar outros sintomas do nosso cotidiano, dentre eles, hoje falaremos do estresse, das cobranças que nos fazem e sobretudo daquelas que nós mesmos nos fazemos. Este tópico de discussão é a Gestão dos Limites.


Primeiramente, o que é um limite?
Linha que marca o fim de uma extensão: limite do mar.
Linha comum a dois países ou a dois terrenos contíguos.
Termo de uma ação, de uma influência: todo poder tem limites  (fonte: dicionário Web)

Pela definição parece que "limite"ser algo do qual não se pode ultrapassar, parece ser fisicamente o fim da linha. 
           No entanto, quem aqui nunca passou dos limites

Gosto desta imagem. Nós podemos sim,
 acredite! Arregace as mangas e 
faça acontecer O SEU BEM ESTAR! 
Muitos dos pacientes com dor crônica (sobretudo com fibromialgia) que já atendi, ainda não conheci nenhum que me dissesse: "sempre levei a vida tranqüila, sem passar dos limites". Não passar dos limites, além de relativo é complicado nos dias de hoje. E isto vale para todos, não apenas para a população com dor crônica. ok? 
Antes de começar a discutir "como se conter e respeitar seus limites" quero deixar algo bem claro aqui que:  

Você NÃO sofre de dores crônicas porque exigiu de mais de seu corpo.
 NÃO se culpe pela sua condição crônica! Viva & cuide de você

Arregace as mangas e parta ao Controle de suas Dores, sem culpa!

No livro: Comer , Rezar e Amar, quando a autora está na Índia ela conhece uma ex-freira católica que lhe diz: 
"A culpa é só a maneira que o seu ego encontrou para fazer você pensar que está fazendo algum progresso moral. Não caia nessa, querida" Não caia nessa você também! Progresso você fará cuidando BEM de você e não se culpando por isso ou aquilo, ok?

Ultrapassar as barreiras dos limites, em busca de maior reconhecimento não é exclusividade da fibromialgia ou de pacientes com dor crônica. Porém, observamos que o impacto causado nestas pessoas quando elas não respeitam os limites de seu corpo são efeitos mais intensos que naqueles que não sentem dores crônicas. Os sintomas mais comuns nestes casos são: insônia, dor intensa e/ou fadiga intensa. Mas, ao invés de ver estes sintomas de forma negativa, propomos que eles sejam vistos, sentidos e avaliados como: "sinal de alerta". Que tal utilizarmos estes sintomas a nosso favor? 

Será que vale a pena SEMPRE respeitar TODOS os limites do corpo?

Muitas vezes nós queremos fazer uma atividade e sabemos que isto nos trará certas conseqüências, ou seja dores, muitas dores - o que fazer? 
"ir dançar com amigos"  
"ir brincar no parque com meus netos" 
"fazer uma trilha ecológica com a familia" 
"receber amigos para jantar em minha casa"


Pense bem. Será que vale a pena respeitar sempre todos os limites que seu corpo lhe impõe? Deixar de praticar atividades de lazer não lhe tornará uma pessoa mais feliz. Pratique, mas prepare-se para tirar um ou dois dias de repouso depois! Não invente de arrumar a casa no dia seguinte! Nem de ir ao supermercado na véspera deste grande dia de lazer!


Mas, Pense BEM, vale a pena ficar na cama com dor por ter feito uma atividade que não lhe deu prazer? Ao menos nessa condição você pode repousar e lembrar dos bons momentos vividos - isso ajuda inclusive a aliviar a dor.


Mas, lembre-se que Vale a pena respeitar os limites de seu corpo SIM! Estando atento aos sinais do corpo você será mais eficaz em seu dia à dia, você terá menos crises de dor e  estas serão cada vez menos intensas. 

Resultados destes esforço
seu, de auto-observação estão publicados em um artigo científico

Acredite em Você! Você Consegue!


Para saber mais sobre gestão dos limites leia p5-7 (francês)    Info-Fibro v13 2006



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